Estes conceitos são diferentes modos de expressar os desempenhos de uma fixação.
- Resistência última (Fu ): refere-se ao último valor de um teste, quando ocorre uma falha da fixação.
- Resistência última média (Fum ): é a média dos últimos valores de uma série de testes.
- Resistência característica (Fk ): é um valor com uma probabilidade de 95% ser alcançado num teste. Depende da resistência última média, da dispersão dos testes e do número de testes realizados. Para o cálculo da mesma, parte-se do princípio que os resultados dos testes seguem uma distribuição normal (ou de Gauss). Esta resistência é a que figura habitualmente nos documentos ETE para cada tipo de falha da fixação.
- Resistência de cálculo (Fd ): é a resistência de característica dividida por um coeficiente de segurança do material. Este coeficiente de segurança é aplicado para ter em conta os desvios imprevisíveis e inevitáveis dos materiais ou do método de instalação da fixação. Os coeficientes de segurança gM estão indicados no ETE ou no código do design correspondente. Esta resistência é igualmente denominada como “resistência de design”. Portanto:
Fd=Fk/Gm
No geral, no cálculo de uma fixação, deve cumprir-se para cada tipo de falha:
SGf≤Fd
em que S é a carga (ou ação) de serviço e gF o coeficiente de aumento de cargas correspondente. Este coeficiente de aumento de cargas costuma estar estabelecido no código de cálculo aplicável; na Europa, está estabelecido no Eurocódigo 0 (regulamento EN 1990) e costuma ser de 1,35 para cargas permanentes (ou fixas) e 1,50 para cargas variáveis. - Carga máxima recomendada (Rrec ): se considerarmos um valor do coeficiente de aumento de cargas GF = 1,40 (como média considerada entre cargas fixas e variáveis), então, poderemos estabelecer a verificação da fixação para cada tipo de falha como:
S≤Rrec
Portanto, a carga de serviço (isto é, sem aumentar) não deve ultrapassar a carga máxima recomendada.